sexta-feira, 11 de março de 2011

A Psicoterapia Breve

A terapia breve é um modelo de tratamento, que tem como objetivo agilizar o processo terapêutico. Não é uma linha teórica da Psicologia, antes sim uma estruturação que pode se encaixar em qualquer uma das teorias. Muitos dos modelos psicológicos requerem um período de tratamento longo, o que acaba por se tornar oneroso ao paciente. A psicoterapia breve não deixa de estar de acordo com a própria evolução humana. Vivemos em um tempo onde as coisas acontecem de forma bastante rápida. Estamos nos acostumando a agilidade; esperando resultados e soluções rápidas.

A terapia se torna breve pelo fato de ser focal. Focada em um problema, buscando soluções para este em específico. Como por exemplo, medo de lugares fechados (claustrofobia). Levanta-se as informações referentes ao medo, as possíveis causas e cria-se estratégias para a solução. Normalmente o tempo de duração da terapia gira em torno de 12 sessões. Muitos poderão pensar que é algo superficial; a resposta é sim e não. Profunda para o problema específico e superficial para o resto. A profundidade de um processo terapêutico não depende da linha psicológica com que se irá trabalhar, mas sim do tempo de duração. Pode-se fazer tanto psicanálise, cognitiva ou hipnoterapia e ser profundo ou superficial. As diferenças aparecem na rapidez com que cada técnica consegue os resultados no mesmo período de tempo. Portanto, mesmo uma terapia breve pode ser profunda em vários sentidos, se formos somando cada problema que vai sendo resolvido.


Com a terapia breve é possível trabalhar qualquer tipo de problema, visando remover os sintomas principais que trazem sofrimento ao paciente. Dependendo dos recursos do terapeuta e das técnicas que utiliza, pode se aprofundar bastante nas causas e como se dá os mecanismos que levam o paciente a apresentar tais sintomas; possibilitando um tratamento efetivo dentro daquilo que o paciente busca e espera. Por isso o terapeuta precisa estar sempre preparado com diferentes ferramentas de trabalho e estudo, para que desenvolva um olhar clínico bastante aguçado, e uma boa capacidade de fazer um diagnóstico assertivo. Há diferença entre os que possuem um microscópio e os que têm apenas uma lupa. A brevidade e a profundidade da terapia depende em muito do profissional e, claro, também do engajamento do paciente em seu processo de cura.